quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O homem morre pela boca, por Fabiano Mundim

As pessoas querem viver muito, mas ninguém quer ficar velho. É uma das eternas contradições humanas. O fato é que da vida ninguém escapa e se a indesejada das visitas demorar, estaremos expostos a uma série de doenças que os médicos chamam de crônico-degenerativas, típicas da idade.
Se um hábito é comum a essas ameaças, é o alimentar. O japonês, por exemplo, come pouca carne e tem pouca incidência de doenças cardíacas; em contraposição tem mais câncer de estômago. A comida que é nosso combustível, e para alguns fonte de prazer, também é nosso algoz. Se não comermos entramos em inanição, que pode levar à morte. O outro extremo, comer em excesso, leva à obesidade.
Portanto, tem todo sentido o adágio popular de que o homem morre pela boca. Convém lembrar que este risco não se restringe só ao sentido nutricional. A boca também emite sons, palavras e estas, às vezes, provocam a ira alheia.
Quem de nós, ante um acesso de verborragia, não foi lembrado de que "em boca fechada não entra mosquito" ou "quem muito fala dá bom dia a cavalo"?

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