sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

RACIAMO, de Miguel Pereira da Silva

Racismo: onde ele está?

No campo de futebol? Na pracinha do seu bairro? Na sala de aula? Em nossa casa? Nossa cidade? Em nossa família? Dentro de cada um? Em toda a sociedade? Ou será que já não existe mais?

Essas e outras perguntas são cada vez mais polêmicas, levando a grandes debates que não cessam.

O racismo não é só uma teoria, uma agressão que se devolve a outros, mas também é uma teoria defendida em livros e salas de aula, com argumentos e teses científicas.

Muitos negam e dizem que não, mas já está impregnado em cada indivíduo pelas cultura, pelos costumes, religiões e grande parte entre as próprias raças.

Ninguém nasce para odiar o seu irmão pelas suas diferenças. Para odiar, é preciso saber e terá que aprender, pois se pode odiar, com certeza pode aprender a amar, que é um dos grandes mandamentos de Cristo a ser vivenciado; “Amai uns aos outros como eu vos amei”.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O homem é corrompido pelo meio, por Fabiano Mundim

O homem é corrompido pelo meio




Ao nascer o ser é bom, mas é corrompido pelo meio em que vive o ambienta que influenciará sua conduta, se for um ambiente onde predomina a descriminação, ele também descriminará, se for onde às pessoas se odeiam, aprenderá a odiar ao seu semelhante.

As pessoas não sabem viver em sociedade sem que ocorra algo incomum, ou seja, algo fora das normas, a discriminação a cor surge quando algum tolo diz que os negros não tendo alma podem ser escravizados, isso se espalha pelo mundo e os pobres coitados são martirizados, pegos a força e retirados de sua terra para trabalharem de graça em terras estrangeiras e no mais, são obrigados a seguir as normas desse povo, costumes e ate a religião, isso aconteceu por volta do século XII, mas ate hoje causa polemica mesmo com a abolição da escravidão, a mais de cem anos, e a proibição de descriminação, nada mudou.

Em pleno século XXI, não se vê somente descriminação racial, mas descriminação física, psicológica, tudo que foi gerada na idade das trevas o homem guarda em seu ser, parecendo que tudo que não presta é posto a tona.

O ser não nasceu assim, a sociedade que o fez assim. Tudo reflexo de sua sociedade preocupa não com o bem comum, mas com seus próprios interesses.

Para mudar esse quadro precisa-se colocar na consciência da humanidade que todos são iguais, não externamente, mas interiormente, somos formados pelo mesmo criador, que morreu e ressuscitou tanto para brancos e negros, pobres e ricos, nunca descriminou e nem descriminará ninguém, mesmo que esse não o siga e não o adore como Deus.

Resenha do filme "Sombras de Goya", por Pedro Isaque Gomes da Silva

FILME: Sombras de Goya


DIRETOR: Milos Forman

ATORES PROTAGONISTAS: Stellan Skarsgard (Francisco Goya);

Natalie Portman (Ines/ Alicia);

Javier Bardem (Irmão Lorenzo).

ANO DE LANÇAMENTO (Espanha): 2006





O drama épico “Sombras de Goya” narra dois momentos da história da Espanha, o primeiro é quando os espanhóis vivem submetidos à inquisição e o segundo quinze anos depois com a França invadindo a Espanha levando a ideia da revolução francesa.

A história acontece por volta do ano de 1792.

Temos no filme a presença de Natalie Portman, que faz os papéis de Inês e Alicia: a primeira é uma jovem onde seu rosto aparece nas obras do pintor Goya, e a segunda, sua filha, que teria nascido na prisão da Inquisição, pois Inês ainda jovem foi submetida ao interrogatório do Santo Ofício e, sobre tortura, obrigada a confessar que teria práticas não aceitas pela Igreja.

A produção conta com a atuação de Javier Bardem que faz um Frei de nome Lorenzo, que é uma das forças da Inquisição Espanhola.

E por fim, temos o ator Estellan Skarsgard que faz o papel de um dos maiores pintores da modernidade: Francisco José de Goya y Lucientes.

Goya não era bem visto pelo clero espanhol, pois retratava em seus trabalhos o lado obscuro do catolicismo. Pelo fato do pintor contar com o auxílio de Frei Lorenzo, o Tribunal do Santo Ofício resolve não puni-lo, mas procurar aqueles que serviram de modelos para seus quadros, os verdadeiros infiéis.

Inês, a jovem modelo e musa do pintor é presa e obrigada a confessar práticas heréticas. O pai da garota, tenta de tudo para libertá-la, se voltando para o Frei e submetendo-o a tortura. Nada adiantou, Inês acaba engravidando e tendo uma filha de Lorenzo, que foge da Espanha com a chegada de Napoleão.

Durante os 114 minutos de filme, podemos nos deliciar com algumas das obras deste artista incrível, que no decorrer de sua vida acaba ficando surdo, por conta das químicas das tintas, porém, em seus trabalhos, retrata de uma forma única o sofrimento e a maldade suportada pelo povo deste período.

É um filme recomendado aqueles que apreciam a história e, sobretudo aos amantes da arte, surpreendendo com seus detalhes de produção. Deixa um pouco a desejar pelo fato de que Francisco Goya muitas vezes aparece como acompanhante de Inês e não como protagonista, porém isso não diminui historicamente o momento a que se quis retratar.

IGUAIS, POR PEDRO ISAQUE GOMES DA SILVA

O preconceito é um problema muito sério, ele foi a causa dos maiores sofrimentos já enfrentados na humanidade.

O ser humano em sua origem necessita do outro, porém muitas vezes se esquece de que o outro não é apenas quem está do seu lado, todos os seres são "o outro". As diferenças entre eles são motivos para julgar, afastar e exterminar.

Tem-se o maior exemplo quando um homem resolveu que um determinado povo era inferior aos outros e com a ajuda e incentivo de outros que compactuaram, incentivaram e o ajudaram, promoveram um dos maiores massacres e genocídios da humanidade: o Holocausto; eternizado na viva memória do homem.

Isso não ocorreu porque tal homem resolveu que sua raça era a melhor. Para que isso acontecesse foi preciso que mais pessoas dividissem tal sentimento.

É impossível conceber que pessoas que experimentaram um gesto de amor, afeto e compaixão tenham tal desprezo por outros seres. A vida, uma vez citada por um filósofo, “é uma dádiva”, não é algo dado apenas a uma raça e sim a todos que dividem essa casa que se chama Terra.

Enquanto houver na mente das pessoas que existem povos superiores aos outros, continuaremos com nossas guerras, não apenas a mão armada, mas guerras que destroem acima de tudo a alma daqueles que sem querer ou concordar, são obrigados a combatê-las.

Amar o outro, por Henrique Albuquerque

Ódio corrói o coração humano, o afasta de tudo o que é bom, honesto e leal. Cega o olhar das coisas belas, desvirtua o homem de suas qualidades positivas, desvaloriza suas capacidades de evoluir para o melhor.


Platão, filósofo grego que nasceu em Atenas, entre os anos de 427 e 347 a.C. expressa em sua filosofia no que se refere a educação do homem, que o mesmo é um ser de relação. Pressupõe dizer que tal individuo é o ser sociável, que constrói formas de organização no que se refere às leis, contudo, é convidado a estabelecer por meio de suas capacidades e desenvolvimento da espécie, uma harmonia que garanta e estabeleça um bom convívio comunitário. Para isso, se faz necessário uma educação que valorize o ser humano e o faça enxergar-se como alguém que pode ser melhor.

O ódio seria a “ausência do amor”, ou poderia ser “o processo negativo que nos faz esquecer dessa grande força que aquece o coração e o faz entrar em estado de euforia”. Força essa que embriaga os corações sensíveis a si, que se espalha por todo o corpo e alça a alma.

O nascimento de algo não é outra coisa senão o rejubilar-se com a semente que foi lançada em bom terreno e que deu fruto.

Quando se despreza alguém, desvaloriza-a por sua cor, cultura, religião e demais fatores, adentra-se numa ignorância pessoal e que acarreta num significado plural de pessoas. Só se odeia alguém, quando não se sabe amar, quando não se busca no próprio desabrochar da vida, a contemplação do amor que quer ensinar a diferença da ilusão e a importância de saber viver em plenitude o dom de vir ao mundo, que é na verdade, um brevíssimo instante que se passar diante do olhar humano e que nos convida à doação mútua e desinteressada.

O racismo não conota, nos tempos de hoje, simplesmente um significado de cor, ele exerce um espaço maior e rigoroso entre todas as raças, cores e pessoas. É agressivo e desumano; na escola, no trabalho, numa competição, em um entrevista de emprego, entre jovens, crianças, ladrões, até mesmo entre pessoas que se dizem educadas e civilizadas. Contudo, o racismo não é algo “eterno”, entretanto, carrega um tom de algo que parece não ter fim, traz em sim, um não acabar, pois seu crescimento é assustador e monstruoso.

O próprio homem é a causa principal de tudo isso, e deve ser ele consciente desse fato para mudar os seus feitos negativos.

Se existem leis humanas para organizar uma sociedade, um povo, um pais, uma nação, existem também leis com base nos escritos antigos das sagradas escrituras que podem servir de ponte de conhecimento necessário para reeducar os racistas e preconceituosos a serem mais humanos e irmãos de todos: “Amar o próximo como a si mesmo”.

Amar o outro está na lógica do entendimento, é compreensível essa expressão, é amar o outro além de tudo o que se pode ver. Ver o próximo como semelhante a si, igual, mesmo diferente na cor, porém, gerados pela mesma força criadora, dignos da igualdade, do mesmo solo, da mesma chuva, do mesmo sol e dos alimentos, trabalhos e alegrias. Muitas pessoas expressam o seu desejo de sentir Deus, de conhecê-lo. O belo dessa busca está em que Ele se deixa encontrar por suas criaturas, sua presença pode ser percebida em tudo o que há, mas o maior encontro do Criador está na pessoa humana.

Quem não ama o seu semelhante não conhece a Deus, pois Deus é amor. Amar o outro nesse sentido, é destruir os pilares do racismo individual e coletivo. É ver que ele também possui um rosto, mãos, pés, pernas, forma física semelhantes aos demais e que sua cor não o faz inferior e nem superior, deve torná-lo consciente de que todos os habitantes desse planeta chamado terra, são de lugares diferentes, de cultura, raça, costumes e gostos que os diferenciam, mais que o sentido da pele mais escura que a outra, jamais deveria ser e nem deve continuar sendo uma divisão e nem separação de pessoas. Deve ser com bases na caridade, um caminho que conduz a todos, ao encontro de uma grande festa de igualdade.